quarta-feira, 17 de março de 2010

Que cheiro...

Estava me perguntando até agora por que esta noite está sendo tão difícil para mim após um dia relativamente bom. Lembrei-me agora, no exato momento de escrever este texto.

Estava na academia, em mais um dia de corpos suados, conversas idiotas e gente bisbilhoteira, quando me pego preso a um cheiro. Que cheiro! que aroma perturbador, tal qual aquele olhar de sua paixão escondida.

E cada vez que eu sentia aquele cheiro, milhares de receptores borbulhando, o coração acelerado, a ânsia de descobrir o que significava aquilo para mim.

Não conseguia identificar aquele aroma que marcou minha vida.

Lembro-me do cheiro do café feito pela minha avó, que ainda morro de saudades, do feijão da minha mãe, do perfume de paixões passadas, cheiro de hospital e consultório odontológico, mas desse aroma, não conseguia recordar... Até que...

Veio 2006 à minha memória. Ainda relutei, pensei: Será que é isso mesmo?

E cada vez que sentia aquele cheiro, mais ficava vivo na memória o pouco tempo de 2006 que me marcou, talvez uns dois meses que podem ser pouco aos olhos de muitos, mas que hoje fez um estrago medonho na minha noite e só percebi isso quando vim escrever esse desabafo.

O estrago não é pelo sofrer, nem pelo chorar ou arrependimento...

Esse estrago se chama saudade!

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