segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ciúmes


(Ciúmes - Edvard Munch)

“(...) Eu errei, mas se me ouvires me darás razão. Foi o ciúme que se debruçou sobre o meu coração.”                                      (Que será - Dalva de Oliveira)

Peço desculpas pelo que fiz contigo hoje... A forma como discuti contigo foi realmente inaceitável. Entendo como te sentes agora que a minha raiva baixou. E entendo porque estás com raiva de mim ainda. Mas tu sabes como não gosto daquele teu amigo. Aquele sujeito não me parece confiável. Ele é tão íntimo contigo, cheio de abraços e beijos. Está sempre sorrindo para você. Toda vez que o vejo junto a você, eu perco a cabeça. Não consigo controlar, eu simplesmente fico cego. Perdão por ter te pego pelo braço e te puxado daquele jeito. Eu sei, ainda dá para ver o hematoma. É, a cena no shopping não foi agradável, eu sei. Por isso te peço em namoro, aqui de joelhos, ao pé de tua cama, quero me redimir do que fiz e mostrar o quanto eu gosto de você.

Peço desculpas mais uma vez, pelo que também fiz contigo hoje... Mas você não podia ficar olhando para aquele cara daquela forma. Como é que você está namorando comigo e fica dando mole para qualquer um que passa? Não, eu não estou lhe julgando mal. Perdoe-me. Mas eu não consigo me imaginar longe de você. Não consigo ver minha vida e meu futuro sem você. Sem você, eu morreria. Me desculpe por naquele acesso de fúria ter te empurrado e você ter se desequilibrado e caído escada abaixo. Por isso te peço em casamento, aqui de joelhos, ao pé desse leito de hospital, como forma de me redimir e para mostrar o quanto gosto de ti. Aceita, por favor. Aceita também essas rosas e te lembra de nossos momentos bons.

Peço desculpas ainda uma vez, pelo que fiz contigo hoje... Mas como ousaste dormir com todos esses homens bem debaixo de meu nariz? Não, pare! Não quero saber que eu não tenho provas de nada. Não preciso disso. Dá para ver a forma como te insinuavas para todos eles. Por isso peço desculpas por ter perdido o juízo e avançado sobre você com aquela faca, ainda que eu estivesse certo. Tu sabias como eu era e me aceitaste como namorado e esposo. Como pode se comportar de modo tão indecoroso, mulher rameira? Mas me perdoa. Não sei como será o futuro daqui para frente porque me sinto vazio. Por isso te peço desculpas, aqui de joelhos, ao pé de tua cova. E te peço, me perdoa.

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