terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Between freedom and loneliness

Mesmo os pássaros não migram sozinhos...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Lá vem ele!

Ultimamente tenho ouvido Alanis, Adele, Nirvana, Maria Rita e outras músicas aí que me fazem pensar um monte de coisas. Poderia ficar aqui contando milhares de dores, desencontros, sofrimentos e tudo mais que me fazem ser uma pessoa cada vez mais bipolar... Com aqueles momentos de pura felicidade e aqueles de extrema infelicidade. Tomo meu uísque, minha cerveja, fumo um cigarro e ainda tento correr pelos caminhos da universidade. Até que tenho conseguido, mas não sei até quando. Tenho trabalhado tanto e isso tem me preenchido. Tem aliviado tantas outras coisas... Tantas decepções, tanta carência, tanta ausência! Gostaria de chegar a um domingo, nem que fosse uma vez no mês, e tivesse você lá me esperando em qualquer lugar que fosse, de qualquer jeito, ou do jeito que eu quero ou que você queira... tanto faz. Não estou com muitos bônus para ficar exigindo muita coisa... Na verdade, não posso exigir nada, além de uma postura coerente com aquilo que eu falo, que eu prego e que, por muitas vezes, me pego traído por mim mesmo.

Eu poderia me entregar num piscar de olhos, poderia dizer: SIM, vem comigo que eu vou contigo. Como disse Caio Fernando Abreu: Largaria o mundo para segurar sua mão! Mas não é isso que vai acontecer. Não agora, não com você nem com ninguém. A vida, eu, ou sabe-se lá o que, adora fazer isso comigo. Me deixa num vácuo cheio de cinzas, pretos, roxos, vermelhos, marrons e tantas outras tonalidades de dias tristes! Em pouco tempo é Natal, é festa de fim de ano e é o período que eu mais peço a Deus para passar VOANDO.

É quando me sinto mais só, mais triste, mais dentro de mim mesmo. E tenho medo, muito medo de dentro de mim. Um lugar que pode me sujar, que pode me fazer ficar imerso em tantas coisas ruins. Em tantos desgostos, más lembranças... Incrível como tenho a capacidade de valorizar aquilo que não é bom em detrimento de tantas coisas boas que me cercam. Não sei, sabe? Sabes não, não tens idéia de como me sinto. De como procuro um buraco, tal qual aquele do jogo do Mário. Poderia cair nele e sei lá, aparecer noutro estágio, com mais possibilidades de vida e sem tantos obstáculos pelo caminho.

domingo, 19 de junho de 2011




Eu conheço essa dor.
Sei de onde ela vem e pra onde ela vai.
E sei que dói no vazio.

domingo, 12 de junho de 2011

Diálogo com um espelho!

E depois de muito tempo resolvi ouvir alguém! Para isso, fui ao banheiro e me olhei no espelho. Por um tempo fiquei ali, parado, sem saber o que fazer. É difícil se enxergar quando os olhos estão cheios de lágrimas. Por um momento pensei em tudo aquilo que eu tinha deixado de viver comigo mesmo. Com aquele que está ali refletindo. Sempre com medo da solidão, levando uma vida insegura e displicente. Continuei ali! Olhando, olhando e sem nada entender. Como pude deixar chegar a este ponto? Como fui negligente com você aí nesse espelho. Como te usei todas aquelas vezes que chegava chorando e, te pedia compreensão e você chorava junto comigo. Nunca reclamou uma vez sequer da minha ausência e de como te usava! Quando pensei que mais um encontro nosso tinha acabado e me virei pra seguir meu caminho mais uma vez, te escutei. Pela primeira vez em anos te escutei. Meus ossos tremeram ao te ouvir me chamando:

- Ei, não vai embora. Fique aqui mais um pouco. Tenho muito pra te falar, mas provavelmente não conseguirei dizer tudo. Acho que aprendi isso com você.

Estava estático, assombrado. Quando me virei, ele continuou:

- Eu sei que você me abandonou por muito tempo. Na verdade acho que durante sua vida toda foi assim. Desde criança me lembro de sua vergonha por não ser o mais desenvolvido nem o mais bonito dos seus amigos. Assim foi também na faculdade e terminaria assim, se você não tivesse mudado. Ainda bem que mudastes... Mas, ao mesmo tempo em que isso aconteceu, você se esqueceu mais ainda da pessoa mais importante, que pode te fazer feliz: você mesmo. E quando percebestes que todos os relacionamentos ou sexo casual serviam para afagar teu corpo, e aliviar a solidão da tua alma, não quisestes mais largar isso e por um longo tempo caminhastes assim, meio que à deriva, achando que tudo isso é felicidade.

Eu não conseguia falar nada. Estava impressionado como ele me conhecia. A única coisa que eu fazia era chorar.

- Não chores. Não temas. Hoje eu vejo que você está diferente, parecendo cansado. Esperei tanto por essa oportunidade. Há muito que eu queria te falar, mas não tinha tempo ou coragem. Não me abandona, fica comigo. Eu tenho certeza que juntos podemos ser felizes. Não me importa se depois você conheça outro alguém, eu quero que você saiba que a sua felicidade pode ser construída com a minha ajuda. Eu, mais do que ninguém, te conheço e sei exatamente como proceder em busca dessa plenitude. Não te prometo apenas flores, mas, passaremos por cada espinho e pedra em busca delas. Estou tão feliz por ter te dito isso, meu amigo, agora posso ficar em paz, esperando que você compreenda que não podes colocar sobre outrem o peso da tua felicidade. Aceita meu convite e vem comigo, vamos juntos nessa pois tenho certeza que a felicidade virá até nós.

As únicas coisas que fiz foram secar minhas lágrimas e sair andando daquele banheiro me achando um louco, porém esperançoso!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Conto de Natal

Lá vem ele chegando... O rei da hipocrisia.
Ah, podem me chamar de amargo, despeitado, sem sentimento, enfim... Adjetivem! Dezembro se resume em um circo no qual o espetáculo principal é a falsidade. Meu Deus, será que eu estou tão distante deste mundo que se encontra a minha volta?
Me aflinge ver todas essas luzes sendo colocadas nas varandas das casas, nas árovores, nos prédios... Começo a ver a carinha do velhinho que dá presentes, enfim... O clima está chegando. E com ele, sempre vem aquele gostinho de não sei o que que escorre pelo canto da minha boca. Participo de confraternizações, troco presentes, sorrisos, abraços, beijos, álcool... Aquelas frases tão verdadeiras como uma nota de três reais ditas a todas as pessoas ao seu redor. Até árvore de natal eu vou montar este ano.
Andei me perguntando o porquê. Será que é pra me sentir um pouco menos melancólico? Pra entrar no clima? Seguir a modinha de quase todos?
Realmente eu não sei porque farei isso este ano. Mas ela já está lá, pronta para ser montada. Esperando sua hora chegar e, com seus ramos servir de abrigo para todos aqueles enfeites que compramos ou temos guardados ano após ano. Sejam bonequinhos, papais noéis, frases, bolas grandes ou pequenas coloridas e as luzes do natal.
Com certeza eu acenderei as luzes e me pegarei várias e várias vezes admirando-as como quando fazia ainda na infância. Ficava tão ansioso para ver a "árvore" montada. Perguntava aos meus pais: Já está na hora da gente ligar? Vamos ligar já! Já está anoitecendo... E ficava ali por longos minutos observando aquele "espetáculo" imaginando mil coisas sobre papai noel...
Falando em todas essas coisas, acabei me lembrando porque voltarei a montar uma árvore e acender as luzes de natal... No fundo, no fundo, espero ter de volta a luz da minha infância para dissipar sabe-se lá o quê, que se instalou em minha vida.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A triste pena de Calipso


(Ulisses e Calipso - Arnold Böcklin)


Corre, Calipso,
Que em tua ilha chegou outro visitante!
Mas lembra-te de tua pena que nunca mudará,
Também ele, em breve, será uma paixão distante.

Cuida, Calipso,
Dele com todo teu cuidado.
Oferece-lhe tudo, até a imortalidade.
E novamente serás passado abandonado.

Ama, Calipso.
Olha como ele é tudo que esperaste.
A resposta para teus momentos de solidão,
Tanto tempo sozinha... quanto desgaste!

Pede, Calipso.
Implora-lhe que permaneça.
Que olvide todo o resto de sua vida,
De sua família e passado se esqueça.

Deixa, Calipso...
Ele não ficará como nenhum outro ficou.
Tantos passaram e nenhum permanece,
Que ao menos diga: “Em paz me vou!”

Acena, Calipso.
Despede-te de mais um que se vai.
Abençoa-o para que em seu destino chegue,
Que ao menos ele tenha o que não tens: Paz.

Sofre, Calipso!
Senta, pena e chora...
Diferente de qualquer mortal em teus barcos,
Parece que nenhuma das três Parcas te adora.

sábado, 25 de setembro de 2010

Deus abandonado

"Hunf... Ahhh..." - Supira Deus abandonado.

sábado, 21 de agosto de 2010

O ressurgir da Fênix


(Dragão e Fênix - Jun Lin)


Tu estavas morta, não estavas?
Tinha certeza porque assim te vi!
Como podes retornar à vida?
Ai de mim, que perto te quis...

Lembro que em fogo
Te havias afogado.
E agora assim levantas,
Como despertando de sono pacato.

Fênix, sacode as penas e olha para a luz,
Tudo te saúda com um bom dia!
Canta para encher o ar de leveza,
Traze de volta toda a alegria!

As chamas que fizeram de ti cinzas
Parecem que foram apenas ilusão.
Do ovo do ninho carbonizado
Surgiu nova vida, então?

Mas surgiu realmente nova vida?
Ou será apenas repetição da anterior?
Liberdade do passado perdido
Ou manutenção no mesmo estupor?

Não sei as respostas.
Apenas te espero, nova Fênix.
Aguardo debruçado na janela
Teu vôo e canto, que de êxtase me enches.