quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Luzes de Natal

É época de Natal agora. E tudo está mais bonito porque chegou o Natal. Tudo está mais colorido e resplandecente porque chegou o Natal.
À noite, vêem-se muitas, muitas luzes em todos cantos. Parece que todas as casas, todas as lojas estão iluminadas. Tudo bem, não todas, mas quase todas. Quase todas as lojas, quase todas as casas, quase todas as construções. E elas piscam, vibram, brilham. A luz parece invadir tudo. É como se ela escoasse como água de chuva recém chovida pelos cantos dos telhados e salpicasse tudo no entorno e ficasse pendurada, como gotas prestes a cair. E não só nos telhados, mas também nos galhos e folhas das árvores. E como se espalhasse pelos troncos e paredes e algumas vezes formasse poças brilhantes no chão. Outras vezes, parece que a luz brota das paredes cimentadas como aquelas pequenas plantinhas que rompem o concreto e brotam de paredes áridas. E a luz brota em grupo. Aos pares, em trios, em quartetos, em dúzias, em centenas, em filas indianas ou em grupos circulares luzindo tudo ao redor. Mesmo nos locais onde elas não brotam nem escoam, parece que há uma iluminação natural especial. Como se o ar estivesse mais permissivo, mais transparente. Como se os ladrilhos e as cerâmicas pudessem espelhar melhor os reflexos brilhantes. Está tudo mais claro.
É. Podem-se ver luzes por todos os cantos de fora dos lugares no Natal, mas onde se escondem as luzes dentro dos homens (não as luzes opacas mostradas todo o tempo com a hipocrisia, ainda mais nessa época)?

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